Saúde mental e segurança no trabalho: o que mudou
Imagine seu negócio como uma engrenagem, onde cada parte tem um papel essencial para o funcionamento do todo. Quando uma peça não está bem alinhada, o mecanismo inteiro pode perder eficiência e até travar. O mesmo acontece com sua equipe: quando todos estão bem, o trabalho flui. Mas se alguém está sobrecarregado, desmotivado ou esgotado, isso afeta toda a operação, faz sentido?
Nos últimos anos, tem ficado cada vez mais claro que o sucesso de uma empresa vai muito além dos números: ele passa pelo bem-estar das pessoas. E é por isso que as regras de segurança no trabalho mudaram, agora incluindo a saúde mental como um ponto de atenção essencial. Vamos entender o que mudou e como isso impacta seu negócio?
Por que a saúde mental no trabalho virou prioridade?
Se um carro precisa de revisão para continuar rodando bem, o mesmo vale para as pessoas. E, nos últimos anos, muitos trabalhadores enfrentaram uma verdadeira sobrecarga: pressão, ansiedade, cobranças excessivas e falta de equilíbrio entre vida pessoal e profissional. O reflexo disso? Um aumento nos afastamentos por doenças psicológicas, impactando tanto os indivíduos quanto as empresas.
Com isso, os órgãos reguladores perceberam que não adianta apenas garantir a segurança física no ambiente de trabalho – é preciso olhar para o lado emocional também. O resultado foi atualizar a legislação para incluir a saúde mental no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR).
O que mudou na norma e quem precisa se adequar?
Agora, todas as empresas que possuem riscos ocupacionais devem identificar, avaliar e controlar não apenas os riscos físicos, mas também os riscos psicossociais - isso inclui pressão excessiva, jornadas exaustivas e até mesmo a forma como as relações interpessoais acontecem no dia a dia de trabalho.
Quem precisa seguir essa nova regra? Todas as empresas obrigadas a implementar o PGR, ou seja, aquelas que possuem pelo menos um empregado registrado e cujas atividades envolvam algum grau de risco ocupacional. Os graus de risco são divididos da seguinte forma:
- Grau de risco 1 e 2 - empresas com baixo risco de acidentes, como escritórios e comércios.
- Grau de risco 3 e 4 - empresas com atividades de maior risco, como indústrias e construção civil.
Seu negócio está dentro dessas categorias? Vale a pena olhar com atenção para esse ponto e garantir um ambiente mais equilibrado e produtivo para todos.
Como proteger a saúde mental no seu negócio?
Se você quer que sua empresa cresça, precisa cuidar de quem faz parte dela - são pequenas atitudes diárias que mostram que você se importa de verdade e, além disso, incentivam as pessoas ao redor a entrarem no clima de apoio.
Crie um ambiente de trabalho saudável: pequenos ajustes, como espaços mais ergonômicos e pausas programadas, ajudam a manter as pessoas confortáveis e mais produtivas, com menos estresse.
Fique atento aos sinais: assim como um bom mecânico percebe quando uma engrenagem precisa de atenção antes que ela quebre, um empreendedor precisa notar quando sua equipe está sobrecarregada ou desmotivada.
Ofereça suporte: não precisa ter um setor de RH gigante para isso. Pequenos gestos, como incentivar conversas abertas, proporcionar momentos de relaxamento ou até oferecer acesso a apoio psicológico, já fazem toda a diferença.
Evite sobrecarga de trabalho: assim como uma máquina precisa de manutenção regular para evitar falhas, sua equipe também precisa de equilíbrio. Planeje bem as tarefas, delegue com inteligência e respeite o tempo de descanso de cada um.
Lembre-se: investir na saúde mental da sua equipe é mais do que cumprir uma obrigação
legal, é construir um negócio mais forte, com pessoas engajadas e produtivas. Que tal colocar essas dicas em prática e garantir que sua engrenagem continue funcionando com perfeição?
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